Páginas
- Página inicial
- Livros digitais 3.º Ciclo
- Livros digitais 2.ºCiclo
- Biblioteca Digital D. José I- Professores
- Biblioteca Digital - Alunos
- Covid 19
- Museus- Visitas virtuais
- Documentos Estruturantes da BE
- Literacia da Informação e dos Média
- Estudo em casa
- 8- Livros Digitais- Literatura Portuguesa
- 3 - Cidadania
- 3 - Direitos Humanos
- 5- Ambiente- Água
- Livros digitais Pré-Escolar e 1.ºCiclo
16/11/2012
Dia do mar
Hoje, dia 16 de Novembro celebra-se em Portugal o Dia Nacional do Mar. Em 1994, entrou em vigor a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM) que constituir um novo quadro jurídico para o direito do mar.
Em 1998, o dia 16 de Novembro foi institucionalizado como o Dia Nacional do Mar.
Mar, metade da minha alma é feita de maresia
Pois é pela mesma inquietação e nostalgia,
Que há no vasto clamor da maré cheia,
Que nunca nenhum bem me satisfez.
E é porque as tuas ondas desfeitas pela areia
Mais fortes se levantam outra vez,
Que após cada queda caminho para a vida,
Por uma nova ilusão entontecida.
E se vou dizendo aos astros o meu mal
É porque também tu revoltado e teatral
Fazes soar a tua dor pelas alturas.
E se antes de tudo odeio e fujo
O que é impuro, profano e sujo,
É só porque as tuas ondas são puras.
Sophia de Mello Breyner Andresen
O mar enrola na areia
Ninguém sabe o que ele diz
Bate na areia e desmaia
Porque se sente infeliz.
O mar enrola na areia
Ninguém sabe o que ele diz
Bate na areia e desmaia
Porque se sente infeliz.
Até o mar é casado, ai
Até o mar tem mulher
É casado com a areia, ai
Pode vê-la quando quer.
Até o mar é casado, ai
Até o mar tem filhinhos
É casado com a areia, ai
E os filhos são os peixinhos.
O mar enrola na areia
Ninguém sabe o que ele diz
Bate na areia e desmaia
Porque se sente infeliz.
O mar enrola na areia
Ninguém sabe o que ele diz
Bate na areia e desmaia
Porque se sente infeliz.
Ó mar tu és um leão, ai
A todos tu queres comer
Não sei como os homens podem, ai
As tuas ondas vencer.
Ó mar que te não derretes, ai
Navio que te não partes
Ó mar que não cumpristes, ai
O que comigo tratastes.
O mar enrola na areia
Ninguém sabe o que ele diz
Bate na areia e desmaia
Porque se sente infeliz.
O mar enrola na areia
Ninguém sabe o que ele diz
Bate na areia e desmaia
Porque se sente infeliz.
Ouvi cantar a sereia, ai
No meio daquele mar
Tantos navios se perdem, ai
Ao som daquele cantar.
Até o peixe do mar, ai
Depenica na baleia
Nunca vi homem solteiro, ai
Procurar a mulher feia.
O mar enrola na areia
Ninguém sabe o que ele diz
Bate na areia e desmaia
Porque se sente infeliz.
O mar enrola na areia
Ninguém sabe o que ele diz
Bate na areia e desmaia
Porque se sente infeliz.